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Bouguereau
O coito não será mais do que
uma fricção acompanhada de espasmo (Marco Aurélio)?
Uma espécie de
jogo, de mera diversão de feira popular, onde a libido desempenha um papel
primordial? Uma busca incessante de pequenos prazeres em curtos instantes? Uma
vulgar caçada com o acúmulo de troféus? A auto-afirmação do detentor de
múltiplos recalcamentos e de complexos de inferioridade? Um prazer volátil sem
significado para além desse instante? Uma manifestação de domínio e de ilusório
poder?
Ou uma relação sem reservas em que a personalidade dos amantes se confunde numa nova personalidade colectiva (Russell)?
Ou uma relação sem reservas em que a personalidade dos amantes se confunde numa nova personalidade colectiva (Russell)?
Podemos continuar a relegar a mulher para um plano secundário, tal objecto de prazer, cada vez mais de costas voltadas ao acto de amar?
A sexualidade saudável não será um dos pressupostos para uma existência equilibrada?
Há algumas
gerações atrás, às mulheres, no plano sexual era ensinado que se haviam de
comportar em conformidade com o conceito então vigente de pureza. O
homem, por seu turno, olhava-as como um mero objecto de satisfação dos seus
desejos, displicentemente despreocupado com as suas mais básicas necessidades.
Este tipo de
comportamentos conduzia-as nalguns casos ao recalcamento voluntário do prazer e
noutros ao seu afastamento involuntário, ou se assim se quiser, inconsciente.
Hoje o panorama
modificou-se substancialmente. Não queremos com isto dizer, que a época seja de
destruição do sentido moral, mas antes da aniquilação de uma moral
tendencialmente supersticiosa e danosa que nos foi inculcada na infância e
agora substituída por imperativos pessoais anárquicos.
Aquela educação
insensível a que se juntam múltiplos factores perniciosos da civilização, gerou
uma frigidez generalizada e uma impotência de largo espectro, bastas vezes
compensada pela promiscuidade – inibimo-nos de exemplificar o que tão
sucintamente expusemos.
Falamos constantemente de amor. É uma das palavras mais
utilizadas no quotidiano, mas cujo mais profundo sentido corre paralelamente às
nossas vidas.
O amor deve
florescer sem a exigência de contrapartida. O Amor não é um contrato de
cláusulas essencialmente psicológicas. O acto sexual do modo como o demarcámos
não é em regra amor. E não o é, enquanto fruto do desejo-cego, que é
continuidade, pensamento. O sexo é sensibilidade a tocar os poros da mais
intensa volúpia, o mais puro de todos os prazeres. Pensar nele é lascívia,
erotismo restrito à deleitação da carne. Praticá-lo de forma espontânea,
intensamente, com paixão, no esquecimento de si como individualidade e na
plenitude do infinito e da eternidade de um cérebro silencioso é Amor, que a
cada novo passo se aproxima da explosão mística.
Mas não sendo um
contrato de cláusulas psicológicas, muito menos será um acordo de prestação de
serviços físicos, já que em sede de prostituição não se pode falar
verdadeiramente em compra e venda.
Não há corpo para comprar como acontecia com a escravatura, o que existe é a prestação de um serviço por um corpo a um outro corpo.
Não há corpo para comprar como acontecia com a escravatura, o que existe é a prestação de um serviço por um corpo a um outro corpo.
Por natureza própria, a mulher tem um acesso facilitado aos orgasmos múltiplos, sucessivos ou não, e a orgasmos prolongados – não de alguns segundos, mas de minutos quanto bastem. E isto, porque a resposta sexual feminina contrariamente ao que acontece no homem – que pode ser corrigido como veremos –, carece de período refractário.
Tem também a possibilidade facilitada de condensar a explosão sensorial numa específica localização do seu corpo. É bem possível que o consiga sozinha, mas tal consumação só atinge os níveis superiores de êxtase com a colaboração de um companheiro sensível, que com o tempo saberá ultrapassar a fase de resolução e o período refractário, na prossecução conjugada da explosão do pleno prazer em rosto de subtil ascensão ao cume.
O homem deve começar precisamente
por aí: desenvolvendo constantemente a sua sensibilidade, consciencializando-se
que uma participação activa no prazer da companheira poderá despertar em si um
prazer reflexo de similar qualidade e intensidade. Prazer este, que com o tempo
se irá transformar num único êxtase, proporcionando-lhe uma ejaculação
mental.
-
Deve entender e encarar o acto
sexual como uma nobre actividade de longa duração, procurando controlar a sua
erecção e emissão seminal.
- Assim, numa mesma noite, em
conformidade com as circunstâncias, penetrará a companheira dezenas de vezes.
Umas mais prolongadamente, outras menos, mas sem que atinja o orgasmo. Ou seja,
sempre que a excitação faça prever o aparecimento da emissão de sémen, interromperá o coito, controlando-se sem que contudo cesse as carícias
necessárias ao estabelecimento de uma cadeia intensamente suave de deleite,
perpetuada no tempo que parece cessar, vencido pelo êxtase-sem-pensamento.
-
Não se deverá preocupar com as
inúmeras perdas de erecção. Não se apoquentando nem estando ansioso por
antecipação, dando continuidade ao ritual que mais se adequar a si mesmo e à
sua companheira de eleição, seja por efeito do toque, seja por intermédio da sugestão da voz ou do
próprio olhar, a erecção retornará com naturalidade. Com a prática pode fazê-lo
sempre que queira, guardando a emissão de líquido seminal para um qualquer
momento dessa noite ou do dia ou dias seguintes. Prolongando-se o gozo de amor
por muitas horas é aconselhável de quando em vez fazer breves pausas,
nomeadamente para beber um café, fumar um cigarro (que belo conselho este,
dirão...) ou tomar um banho, que aliviará a pele das possíveis ejaculações
femininas, fazendo com que a mulher se sinta mais confortável.
-
Acto a acto afundar-se-á no gozo da
sua companheira e na compreensão da essência do sexo. Orgasmos múltiplos e
êxtases consecutivos ser-lhe-ão comunicados e com eles a sublime sensibilidade
do verdadeiro acto de amor.
-
Por outro lado, após constantes
interrupções e na sequência das muitas penetrações, atingirá um clímax
indescritível. Mesmo que o queiramos fazer, inexistem palavras susceptíveis de
descrever o misticismo sexual. Terá de ser cada um por si e em si, que o
irá divisar no espontâneo desenvolvimento relacional.
-
O toque suave entre penetrações, as
carícias, a voz encaminhando os orgasmos para zonas específicas, tocadas
energeticamente pelas mãos, a contemplação dos êxtases da amada, constituem-se
como o caminho mais seguro para a união das Almas.
A Aí, uma frase melodiosamente sussurrada ao
ouvido, uma mão a outra mão dada ou amorosamente colocada sobre uma qualquer
parte do corpo, o simples envolvimento dos dedos, o hálito à superfície da
pele, são instrumentos eficazes e idóneos ao nascimento de um orgasmo, de um
outro, de outro ainda..., sem que surja qualquer declínio da tensão.
- É fundamental que os amantes vão mais longe,
continuadamente mais e mais longe, entrando impetuosamente com a mente vazia no
que é eterno e no infinito, transcendendo o espaço-tempo, gozando de todas as
delícias agradabilíssimas de um acto complexo, supremo e excelente, que faz
soar em toda a sua magnífica sonoridade o címbalo da bem-aventurança.
Quando a sensibilidade desperta, o pensamento tende
a cessar e quando finda surge do Nada a criação explosiva, que faz da Alma-carne de dois corpos um único corpo, uma única Alma. Dessa unidade que
imerge no Sem-Nome, nasce um fenómeno místico de mil e uma facetas.
É pois urgente amar, mergulhar no seio amoroso da Paz-Sem-Fim, na beatitude sensorial da ausência do pensamento, transmudando o sexo meramente concupiscente numa oração de sensibilidade, sublime ascensão da Alma-carne aos mais elevados níveis de espiritualidade.
O verdadeiro amor que é paixão
sensível e afectuosa começa no cérebro e termina no Espírito.
Amor capaz de acompanhar os amantes na Vida e na Morte.
Amor que se aproxima da mística união com o Sem-Nome.
E quando dessa união nasce um novo ser, realizar-se-á na benção de uma "Trindade Amorosa". Não será apenas mais um humano...
Mas um Ser abençoado e amado.E quando dessa união nasce um novo ser, realizar-se-á na benção de uma "Trindade Amorosa". Não será apenas mais um humano...
Aquele que se
pretenda iniciar ou realizar a experiência
que sumariamente exprimimos supra, pode atenuar os transtornos
interruptivos da relação, tomando:
15 gotas ou grânulos de GELSEMIUM 30 CH, uma vez por semana.
Duas horas antes
do acto, em cada quarto de hora, 3 gotas ou grânulos de GELSEMIUM 6 CH.
Este “tratamento” não tem quaisquer contra-indicações e deve ser
espaçado e abandonado logo que a confiança se instale.
Sou diretor da revista online incomunidade.com
ResponderEliminarGostaria de o contactar para colaborar com a revista, pois o seu blog entusiasmou-me, assim como me entusiasmou ouvi-lo dizer a Balada do Rei de Tule
Boa noite Amigo
ResponderEliminarNa medida das minhas possibilidades estou ao seu dispor, bem como o material que vou editando.
Um abraço.
Bom dia!
ResponderEliminarO meu nome é Lisete Ferreira e sou mestranda na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Encontra-se neste momento a decorrer um estudo online intitulado "O Papel da Qualidade da Relação e da Resposta do Parceiro na Dor Sexual Feminina ", integrado no meu Projecto de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde. Inserido no SexLab (Centro de Investigação em Sexualidade Humana), da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, este é um estudo que se encontra sob a orientação do Prof. Dr. Pedro Nobre e da Prof. Dra. Cátia Oliveira.
O presente estudo tem como principal objetivo avaliar as dimensões relacional e sexual na vivência da dor sexual feminina, em casais heterossexuais. Para este fim, solicitamos a participação de casais dos 18 aos 75 anos de idade, em que a mulher apresente um quadro de dor sexual.
Para participar basta seleccionar o respectivo link:
Mulher com dor sexual:
http://www.fpce.up.pt/limesurvey/index.php?sid=57397&lang=pt
Respetivo companheiro:
http://www.fpce.up.pt/limesurvey/index.php?sid=88496&lang=pt
Todos os questionários são completamente anónimos, não sendo pedidos dados que possam identificar as pessoas que a eles respondam.
Qualquer tipo de informação adicional poderá ser solicitada através do email lisete.ferreira15@gmail.com.
Agradecemos desde já a sua participação.
Ex.ma Dra.
ResponderEliminarEm primeiros lugar os meus melhores cumprimentos.
Fica a sua mensagem e apelo.
Espero que os leitores deste blogue colaborem no vosso estudo.
Aconselho-a (caso assim o entenda) a copiar esta mensagem para cada um dos artigos - conseguirá deste modo atingir um maior número de potenciais "entrevistados", nomeadamente do Brasil.
Felicidades para o seu trabalho - manifesto desde já a minha disponibilidade para o divulgar no meu site pessoal ou no blogue pessoal (os mais visitados).
Zé Maria Alves