WILLIAM BLAKE

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

28 - CONTRA-INDICAÇÕES, EFEITOS COLATERAIS E PRECAUÇÕES EM HOMEOPATIA




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CONTRA-INDICAÇÕES, EFEITOS COLATERAIS E PRECAUÇÕES EM HOMEOPATIA



Muito se tem dito quanto às contra-indicações dos homeopáticos.
É usual a afirmação de que a homeopatia não produz quaisquer efeitos colaterais e de que não tem contra-indicações.
Mas, a realidade é outra. Infra, especificamos algumas (as mais importantes) das contra-indicações dos remédios, alertando fundamentalmente os terapeutas mais incautos para um exercício seguro e deontologicamente correcto da Homeopatia, ou seja, sem grave prejuízo para a saúde de seus doentes.




ACONITUM –

Na febre, deve evitar-se que o paciente beba todo o tipo de bebidas, à excepção da água.


ARGENTUM NITRICUM –

O uso continuado e habitual deste medicamento pode fazer surgir os sintomas inerentes à sua patogenesia.

Natrum Muriaticum faz cessar o emagrecimento do paciente Argentum provocado por doses excessivas, altas diluições ou derivado de efeitos patogenésicos.


ARNICA –

A existência de ferida contra-indica o uso externo de Arnica, que pode ser substituída por Calendula ou por Echinacea.


BARYTA CARBONICA –

Não deve ser ministrada depois de Calcarea Carbonica.


CALCAREA CARBONICA –

Baryta carbonica e Sulfur não devem seguir Calcarea.

Kalium bromatum e Nitricum acidum não a devem preceder.


CAMPHORA –

Antidota praticamente todos os remédios homeopáticos.

Não se deve ministrar Camphora depois de Kalium nitricum.


CARBO VEGETABILIS –

Kreosotum não deve seguir Carbo vegetabilis.


CARCINOSINUM –

Alguns autores referem que deve ser evitado no cancro.

De qualquer modo, deve ser ministrado com precaução.


CHELIDONIUM MAJUS –

Durante o tratamento com este medicamento, deve ser evitado o vinho, que o antidota.


DENYS –

Não deve ser ministrado a pacientes cujo organismo não esteja drenado.


DROSERA –

Não deve nunca ser ministrada na otite.


HEPAR SULPHUR –

O uso de Hepar, conduz a precauções várias:

- 4 CH, faz supurar por mais tempo;

- 5 CH e 7 CH, têm acções opostas, segundo o estado

evolutivo;

- 9 CH e mais, impedem a evolução do processo supurativo e podem fazê-lo regredir, caso ainda esteja em tempo – se não estiver, verificaremos um agravamento.


Hepar, em diluições baixas ou médias (segundo os critérios da Escola Francesa), não deve ser ministrado nos abcessos das cavidades fechadas.


HYOSCIAMUS –

As baixas diluições agravam o estado mental.


IGNATIA –

Não deve ser administrada em baixas ou médias diluições, em indivíduos que tomaram estricnina.


ISO SANGUÍNEO –

Não deve ser ministrado em pacientes com cancro ou desde que se suspeite de lesão cancerosa.


KALIUM CARBONICUM –

É um medicamento que não pode ser repetido com muita frequência.


KALIUM BICHROMICUM –

Não deve seguir Calcarea.


KALIUM NITRICUM –

Não se deve ministrar Camphora depois de Kalium nitricum.


KREOSOTUM –

Não se deve ministrar Carbo vegetabilis após Kreosotum.


LACHESIS –

Em baixas ou médias diluições, nos estados maníacos


LYCOPODIUM –

Não deve ser ministrado depois de Sulphur, a menos que o seja na formulação clássica:
Sulphur » Calcarea » Lycopodium » Sulphur » Coffea.



As altas diluições prescritas de forma improvisada agravam.

Não é aconselhável iniciar o tratamento de um estado crónico por Lycopodium, já que a sua acção pode produzir perturbações graves e duradouras caso as funções hepáticas e renais não estejam devidamente estimuladas.

No caso de agravação devida à grande liberação de toxinas, China é em geral o medicamento indicado para a suster.


MARMOREK –

Este medicamento não deve ser ministrado num organismo insuficientemente drenado.

No entanto, é a única tuberculina a prescrever aos pacientes febris e fatigados, em período de emagrecimento suspeito.



MEDORRHINUM –

Como todos os bioterápicos deve ser prescrito em função da sua patogenesia e dos sintomas apresentados pelo paciente, podendo e devendo tomar-se em consideração os eventuais antecedentes blenorrágicos.


MERCURIUS –

Aceticum acidum e Silicea não devem ser ministrados depois de Mercurius (dinamizado), mas antidotam a substância pura.


NATRUM MURIATICUM –

É contra-indicado em altas diluições em indivíduos palúdicos, ou que tenham tomado quinino.


PHOSPHORUS –

Nos casos de tuberculose, Phosphorus não deve ser ministrado em diluição inferior à 30 CH e não deve ser repetido antes que tenham decorrido pelo menos trinta dias após a ingestão da dose.


PULSATILLA –

Não deve ser ministrada em enfermos tuberculosos com historial de hemoptises recentes.


Não deve também ser ministrada em baixas ou médias diluições, nas otites.

SILICEA –

Em Silicea, todos os corpos estranhos incluídos no corpo acabam por ser expulsos com uma supuração, que se torna necessário controlar.



Um foco tuberculoso, mesmo antigo e calcificado, pode como em Phosphorus, ser reactivado.


SULPHUR –

A prescrição de Sulphur deve ser prudente face às previsíveis crises de eliminação: eczemas, agravações curtas, mas importantes.

Há que atender às diluições e frequência de repetição de doses inadequadas.


Casos existem, em que sendo Sulphur o medicamento indicado, se justifica devido ao temor de eliminações violentas, o uso de Sulphur iodatum.
Estas eliminações podem provocar, em especial, no doente tuberculínico um rápido e acentuado emagrecimento.

Sulphur não deve ser ministrado em doses baixas ou médias, em indivíduos que apresentem uma inflamação do ouvido médio, mesmo que seja ligeira.


Sulphur é um medicamento que segue bem Lycopodium, mas Lycopodium não deve seguir Sulphur.



TUBERCULINUM –

Tuberculinum não é propriamente um remédio da tuberculose.

O seu mau uso comporta riscos de reactivação como Phosphorus e Silicea.


VERATRUM VIRIDE –

Deve ser evitado em pacientes com coração fraco e pulso lento, fraco, já que irá agravar os seus sintomas.




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Segundo Voisin, quando um medicamento possa corresponder a “perturbações opostas”, e estejamos perante um paciente que apresente uma dessas perturbações, esse medicamento é indicado na diluição que a ela corresponde e contra-indicado na outra.

Exemplificando:

“Aurum é indicado de 6 a 9 CH nos congestivos hipertensos, activos e coléricos e, em 12 a 30 CH, nos melancólicos introspectivos com aversão pela vida. Dar o remédio a estes, em 6 a 9 CH é contra-indicado visto que tais diluições provocam um efeito depressivo.”





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