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A sociedade actual estrutura-se no consumismo, na superficialidade do espiritual, no egoísmo e na ganância. Vivemos em função dos seus três deuses maiores, a terrífica trindade do dinheiro, do sexo e do poder.
No entanto, se a riqueza é em regra obtida por meios condenáveis, o poder é exercido por quem dele se favorece e o sexo é um instante sem qualquer significado para além da satisfação fisiopsicológica que proporciona esporádica e momentaneamente.
A “mecanização” do sexo é uma realidade atroz, uma autocondenação do homem, por si mesmo degredado do que é excelente.
Ultrapassada que está a afirmação de que “o coito é para fazer filhos”,
há que encarar o acto sexual, ou melhor, a actividade sexual como um dos maiores benefícios a que os seres humanos têm acesso. Pena é que sejam tão poucos os que se empenham seriamente na Arte de Amar.
As disfunções sexuais abundam. As estatísticas são assustadoras, mas parecem não ser mais nada para além disso, atenta a despreocupação dos afectados que em nada parecem contrafeitos.
Se por um lado a impotência é cada vez mais uma das maiores preocupações do homem, a frigidez é desde sempre um fantasma tenebroso que assola e devasta a vida da maior parte das mulheres.
Um grande número viverá sem saber o que é um orgasmo como consequência de um relacionamento. Muitas outras apenas o irão conhecer por via da estimulação dos seus próprios órgãos sexuais. A sua quase totalidade nunca atingirá o arrebatamento íntimo, que podemos descrever como êxtase de envolvimento amoroso. E o homem, filho de uma sociedade tecnologicamente desenvolvida continua a comportar-se como animal, que por instinto dá vazão aos seus desejos, indiferente à mais-valia do prazer mútuo, de um júbilo ilimitado que está inteiramente à sua disposição, não obstante pouco ou nada faça para o conquistar.
Não há tempo para amar. O trabalho, os filhos, a luta pela sobrevivência, os inevitáveis problemas do quotidiano com os inerentes conflitos, os programas televisivos da moda, concursos, futebol, novelas, e os demais entretenimentos do progresso afastam-nos do acto de amar. O orgasmo é tido erroneamente como o único objectivo do coito, consumação de breves segundos.
Vivemos acorrentados ao erro.
O acto de amor é muito mais do que a satisfação de um desejo, desejo que mais não é do que um movimento emocional que se apodera da mente de um sujeito por atracção de um determinado objecto. E é mais do que necessidade, já que o desejo admite de modo constante mecanismos substitutivos e tem a avidez de não se deixar saciar.
É por essência infinito e mesmo os que apregoam a sua destruição, desejam: o Reino dos Céus, o Nirvana.
Vejamos como floresce: Olho para uma mulher. Contemplo um rosto de traços delicados, lábios carnudos, olhos rasgados de longas pestanas envoltos por pele cor de mel, um sorriso aberto de dentes alvos contrastando com as madeixas mais escuras dos seus longos cabelos, seios firmes. As linhas onduladas e insinuantes de corpo perfeito em gracioso movimento.
Esta a resposta sensorial ao objecto da visão, o que é perfeitamente natural; trata-se de um facto e os factos são indesmentíveis.
Mas, depois, entra em acção o pensamento. Apesar de nada dela saber, imagino-me beijando-a, acariciando-a, consumando o acto em longa noite de amor.
Assim floresce o desejo, impulso premente originário da actividade mental dirigido ao prazer, no caso presente a um prazer de objecto desconhecido, mera satisfação de um instinto vital.
William Adolphe Bouguereau
Dizem que temos de nos libertar dele, controlando-o ou destruindo-o. Mas quanto maior o esforço nessa direcção mais o consolidamos. Vejam as inglórias práticas de sacerdotes e monges, que acabam por aniquilar a beleza e o amor, reforçando os pensamentos obscenos e favorecendo o aparecimento de práticas sexuais aberrantes.
O desejo tem de ser compreendido pela observação permanente da sua essência. Em nada nos convém sublimar, recalcar ou compensar o instinto sexual. A aniquilação do desejo por via substitutiva é uma das formas possíveis de perversão sexual. Mas, por via dessa compreensão activa, o desejo sexual transforma-se quando executável em acto supremo de Vida, caminho místico para o Agora-Sem-Tempo, como veremos noutro artigo.
Quanto mais e maiores forem as limitações éticas ao sexo, maior será o desejo sexual.
A nossa época padece de anorexia sexual, conforme o demonstram ou intentam demonstrar as já mencionadas estatísticas.
Será que esta patologia poderá ser curada fazendo com que o sexo volte a ser “pecado”, já que o fruto proibido sempre foi o mais desejado?
Talvez sim, talvez não, mas o risco de aumentarem as perversões seria enorme.
Quanto mais e maiores forem as limitações éticas ao sexo, maior será o desejo sexual.
A nossa época padece de anorexia sexual, conforme o demonstram ou intentam demonstrar as já mencionadas estatísticas.
Será que esta patologia poderá ser curada fazendo com que o sexo volte a ser “pecado”, já que o fruto proibido sempre foi o mais desejado?
Talvez sim, talvez não, mas o risco de aumentarem as perversões seria enorme.
O sexo corrido e ocasional transformou-se na regra dos amantes. Resumido a meras ejaculações e por vezes a um pequeno orgasmo feminino, não consolida os relacionamentos já tão debilitados como consequência das crises económicas, morais e existenciais.
É assim que o sexo-sem-sentido tem ocupado progressivamente o lugar do sexo-excelência, sexo esse que busca incessantemente novos prazeres, novas fórmulas mágicas, apadrinhado por um desejo insaciável e corrompido pela insatisfação reinante.
É urgente amar. É urgente transformar o acto sexual num acto de amor apaixonado e transcendente, no verdadeiro e mais profundo significado dessa palavra tão utilizada, mas tão mal entendida.
A Homeopatia não é bálsamo curativo de todas as maleitas. Nada existe que o seja. Mas poderá ser um precioso auxílio na cura de algumas disfunções sexuais e de melhoria de estados não patológicos, que directa ou indirectamente influenciam a saúde da prática sexual. Daí a inclusão de artigos que não sendo específicos da sexualidade, têm o poder de incrementar e melhorar a atracção nos relacionamentos.
Nalguns dos artigos deste sítio são mencionados tratamentos homeopáticos com medicamentos unitários, protocolos de dois ou mais medicamentos e complexos.
Por outro lado, enunciamos em alguns casos, artigos repertoriais onde são valorizados medicamentos de 1.º e 2.º grau, tendo-se optado pela exclusão dos de 3.º grau.
Os medicamentos, nos nossos repertórios estão enunciados por graus:
1º Grau – Todas as letras da abreviatura em maiúsculas – v.g., AUR.
Trata-se de sintomas que foram observados na totalidade ou na maioria dos experimentadores, com curas clínicas confirmadas.
2º Grau – A primeira letra da abreviatura em maiúscula, as seguintes em minúscula – v.g., Aur.
Sintomas observados nalguns experimentadores, bem como algumas vezes na prática clínica.
3º Grau – Todas as letras em minúsculas – v.g., aur.
Sintomas apenas obtidos através de um ou de raros experimentadores.
Caberá ao interessado realizar uma análise cuidada dos medicamentos inscritos nas rubricas com as quais se identifica, de molde a obter uma cura rápida e definitiva ou a minimização sintomática das disfunções que apresenta. Nalguns casos dirigem-se apenas a uma melhoria qualitativa da função.
Os tratamentos sugeridos terão de ser sempre complementares dos que forem estabelecidos pelo médico ou terapeuta assistente, o que não implica que em determinadas circunstâncias, mormente derivadas dos conhecimentos adquiridos ou a adquirir pelos próprios interessados, sejam estes mesmos a direcionar a sua cura.
Neste particular será de extrema importância a leitura prévia:
1. – Da introdução ao RPSH – Repertório Prático de Sintomas Homeopáticos, bem como a consulta do RPSGH – Repertório Prático de Sintomas Gerais Homeopáticos, ambos disponíveis para download em:
2. – E do artigo constante do nosso blogue pessoal:
Por último, diga-se que em todos os casos, para que seja obtido um equilíbrio energético eficaz, se aconselha o tratamento com a AUTO-ISOPATIA ENERGÉTICA: